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sábado, 19 de abril de 2014

VAIN - Fisher Amelie


      O que esperar de um livro que logo no início nos deparamos com a seguinte sinopse...
“Se você está procurando uma história sobre uma menina humilde, que foi ferida por alguém em que ela pensou que podia confiar, apenas para descobrir que não é tão vulnerável quanto pensou que era e descobre um lado poderoso de si mesma que se apaixona pelo cara que a ajuda a descobrir quem é, blá, blá, blá... Então você vai odiar minha história.
Porque a minha história não é a que você lê cada vez que dobra a capa do romance mais recente. Não é o conto de “eu posso fazer qualquer coisa, agora que te encontrei/sou mal entendida, mas um dia você vai me encontrar irresistível por causa disso”. Por quê? Porque, se eu for honesta com você, sou uma cadela completa. Não há nada legal em mim. Eu uso meus amigos, abuso de drogas, sou viciada em sexo e moro em Los Angeles. Sou o pior pesadelo de qualquer amiga e a fantasia de qualquer garoto.
Sou Sophia Price... E esta é a história de como eu fui da menina mais invejada do mundo para a menina que ninguém queria ao redor e porque eu não trocaria isso por nada no mundo.”
         Muitos de nós buscamos contos de fadas, onde a mocinha é uma pessoa tímida, boa, amiga de todos, estudiosa e que se apaixona pelo cara popular, mas a realidade desse livro é bem diferente, não temos uma mocinha, temos uma garota cínica, que não se importa com as pessoas ao seu redor, mas sim com o próprio umbigo, mantém as aparências para a sociedade a fim de não perder suas regalias... “Eu podia ser considerada uma dicotomia de armários. Eu nunca mostrava muito de pelo, porque, bem, o meu pai teria me matado, mas isso não impedia de escolher peças que deixavam a língua dos meninos abanando.”, mas quando tem a oportunidade mostrar sua real personalidade e, essa não tem nada de boa, simplesmente, é mesquinha, sem sentimento (ou nunca esteve diante de uma situação que a instigasse a mostra-los), não tem vergonha de usar seus atributos para conseguir o que quer, não tem medo da corrupção, pois o importante é o resultado e este deve ser benéfico para si, pois os outros que se danem, cada um é dono do próprio nariz, ela não os obriga a nada, mas eles não tem coragem de contestá-la.
         Mas nosso futuro é incerto, incontrolável e quando menos imaginamos somos atingidos por realidades inimagináveis, quem poderia pensar uma garota como Sophia Price estaria diante de um júri que daria uma sentença improvável...
         “- Eu prometi que a próxima vez que a visse no meu tribunal você não iria deixa-lo tão facilmente e ainda assim, aqui está...
         - Sophie Price – Ele disse com determinação, fazendo meu estômago se apertar. Meus olhos se fecharam firmemente em preparação. – Você está aqui condenada a seis meses em Masego. – E com isso, Reinhold bateu o martelo, enviando um arrepio gelado pelo meu corpo.”
         No entanto, o que parece um sacrifício pode ser uma oportunidade de mudar sua visão sobre o mundo, sobre as pessoas, sobre os sentimentos...
         Nessa história não esperemos apenas um romance, a garota cínica pode ter sua vida virada de cabeça para baixo não apenas por causa de um cara de olhos azuis, mas por causa de outras pessoinhas que foram marcadas pela dor, pelo sofrimento, pela perda, mas que apesar de tudo continuam com um sorriso no rosto, com uma vontade imensa de viver e fazer a diferença, que não possuem medo de lutar, de ajudar, de enfrentar os desafios.

         Portanto, nessa história não espere apenas um romance, aguarde uma mudança de vida, de atitude, de opinião, de visão, de personalidade, pois como muitos de nós só aprendemos que nossa vida não é tão ruim como parece a partir do momento que vivenciamos a realidade dos outros ao nosso redor, assim, percebemos que o mundo é injusto, mas não devemos deixar que a sociedade endurecida nos incentive a fechar os olhos diante dessas injustiças, pois se você é capaz de lutar, lute! Não desista, não se entregue às facilidades, regalias, enquanto, você sabe que sua atitude pode fazer toda a diferença.